sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Contratempos ao acaso # 3º Capitulo.

Sábado de manhã… (Obs: Marta era filha de pais separados e vivia com a sua mãe e com a sua irmã mais velha, Helena com 18 anos.)

São 10:30h da manhã e a Marta continua deitada, até que a mãe dela entra suavemente no seu quarto, dirige-se até à janela e afasta rapidamente os cortinados, não fez grande diferença visto que chovia a potes e a iluminação que passava das janelas era pouca ou quase nula, Marta continuou a dormir sem dar por nada, até que a mãe resolveu chamá-la.

Mãe da Marta: Marta… MARTA? Acorda filha, não tinhas um almoço hoje com os teus amigos?
Marta: anh? Sim, sim. Que horas são?
Mãe da Marta: Tem calma, ainda é cedo, mas calculei que tivesses fome e ainda tens que te ir arranjar.
Marta: Ok mãe obrigada, eu vou-me arranjar e desço já para tomar o pequeno-almoço.
Mãe da Marta: Está bem, não te demores.

Marta faz a sua higiene matinal diária, toma banho, arranja-se e desce para tomar o pequeno-almoço.
Marta: A Helena?
Mãe da Marta: Ela hoje saiu mais cedo.
Marta: Nem parece dela, foi onde?
Mãe da Marta: Foi ajudar uma colega com as mudanças, acho que a rapariga se mudou e o grupo de amigos se disponibilizou para ajudar.
Marta: Hum, está bem.

Marta tomou o pequeno-almoço, voltou para o quarto, acabou a sua higiene e por volta do meio-dia (12:00h) desceu para ir ter com os amigos.

Marta: MÃÃÃÃÃE
Mãe da Marta: Calma Marta, estou aqui.
Marta: Vou agora ter com eles.
Mãe da Marta: Precisas de dinheiro?
Marta: Não deixa estar, ainda tenho.
Mãe da Marta: Juízo, ouvis-te? Não venhas tarde e está atenta ao telemóvel, eu posso querer falar contigo.
Marta: Sim mãe. Posso ir?
Mãe da Marta: Vai lá.

Marta saiu de casa e dirigiu-se até à paragem do autocarro, ficou uns 10, 15 minutos à espera e rapidamente chegou ao centro comercial.
Marta resolveu ligar à Cleo, para saber por onde é que eles andavam.


Marta: Estou?
Cleo: Estás onde?
Marta: Estou perto da loja dos crepes.
Cleo: Ok, então espera aí que nós vamos ter contigo.
Marta: Ok.

Rapidamente a Marta avistou o grupo de amigos a virem do fundo, a Rita e o André ainda não tinham chegado e eles foram andando até ao restaurante, esperaram lá e entretanto a Rita e o André chegaram fazendo com que o grupo ficasse completo. O grupo de amigos almoçou e passou a tarde no centro comercial a passear pelas lojas e a conversar. Por volta das 18h o grupo despede-se e Marta volta para a paragem à espera do autocarro que a levaria até casa de novo. Marta apanhou o autocarro, saiu na paragem habitual e atravessou o pequeno parque do centro como já era habitual, foi aí que a Marta se apercebeu que tinha deixado as chaves em casa, ela resolveu ligar à mãe...

Marta: Estou? Mãe?
Mãe da Marta: Sim filha, diz.
Marta: Eu esqueci-me das chaves, estás em casa não estás?
Mãe da Marta: Não, eu estou em casa de uma amiga, essa cabeça Marta.
Marta: E agora mãe?
Mãe da Marta: Liga à Helena para saber se ela já está em casa, se ela estiver pede para que te abra a porta, se ainda não estiver liga-me outra vez para eu ir ter contigo.
Marta: Ok, desculpa mãe.
Mãe da Marta: Está bem, vá liga lá para a Helena e depois diz-me alguma coisa.
Marta: Ok.

Marta desligou e logo de seguida ligou para a irmã.
Marta: Tou, Lena?
Helena: Sim, diz.
Marta: Estás em casa?
Helena: Não Marta, a mãe não te avisou?
Marta: Sim eu sei, mas é que deixei as chaves em casa e voltei agora do almoço com eles, a mãe pediu para te ligar para saber se já estavas em casa para me abrires a porta.
Helena: Não e não devo chegar tão cedo, mas se quiseres eu peço ao meu amigo Vasco para te levar as minhas chaves, ele está com o carro é num instante.
Marta: Não há problema? Achas que ele não se importa? É que assim escusava de estar a pedir à mãe para vir ter comigo, ela está em casa de uma amiga, não a queria chatear com isto.
Helena: Espera aí, vou perguntar-lhe já te ligo.
Marta: Ok.

Já não chovia e o ar era agradável, como o parque era resguardado os bancos não estavam molhados e a Marta aproveitou para se sentar, o parque estava relativamente cheio, havia mães a aproveitarem para passear, crianças a brincar no escorrega e até casais a namorar, Marta olhou para as árvores, para o céu, sentiu o cheiro da terra molhada, começou a pensar naquele pequeno-almoço do dia anterior, de tudo o que tinha acontecido até que… O telemóvel toca.

Marta: Estou?
Helena: Olha o Vasco não se importa de te levar as chaves, ele só precisa de saber onde é que estás para te poder entregá-las.
Marta: Sim claro, pergunta-lhe se lhe dá jeito o parque central, eu estou sentada num dos bancos, fico aqui à espera dele.
Helena: Tudo bem, eu aviso-o. Olha ele ainda é capaz de demorar um bocadinho, está a acabar de montar um dos móveis, mas ele logo que possa vai, não te preocupes.
Marta: Tudo bem, eu estou bem aqui não te preocupes, está agradável. Vou só ligar à mãe para que ela fique mais descansada.
Helena: Sim, faz isso, se não ela dá em louca.
Marta: *sorri* Podes crer, bem mana obrigada, até logo.
Helena: Beijinhos, até logo.

Marta liga para a mãe…

Marta: Estou, mãe?
Mãe da Marta: Sim filha, então?
Marta: O amigo da Lena vem aqui entregar-me as chaves, era para não te preocupares.
Mãe da Marta: Mas vais ficar aí sozinha na rua? Entra em alguma pastelaria e come qualquer coisa, ainda por cima está um tempo péssimo.
Marta: Não é preciso mãe, não tenho fome. Não te preocupes eu estou aqui no parque central e está imensa gente, já não chove e está agradável, para além disso o amigo da Lena não deve demorar…
Mãe da Marta: Está bem filha, mas tem cuidado ok? Qualquer coisa liga-me logo, e quando chegares a casa avisa para eu saber que chegas-te bem.
Marta: Tudo bem, não te preocupes, a que horas voltas?
Mãe da Marta: Eu vou jantar aqui com a Laura, o vosso jantar está no forno, qualquer coisa liguem-me, se precisarem de alguma coisa eu vou a correr, já avisei a tua irmã, ela deve chegar por volta da hora de jantar, não te preocupes.
Marta: Sim, ela disse-me. Então não te preocupes, diverte-te, vá beijinhos.
Mãe da Marta: Beijinhos, não te esqueças de me avisar quando chegares.
Marta: Ok, beijinho.

Marta guardou o telemóvel e por ali ficou, o ar era fresco e confortante, as pessoas estavam alegres e os pássaros ouviam-se soar, era bom aquele cheiro a terra fresca e molhada, aquelas gargalhadas que as crianças davam enquanto desciam o escorrega e baloiçavam nos baloiços. Enquanto Marta continuava sentada, com o seu ipod ligado e de phones nos ouvidos, alguém se sentou do seu lado no banco…

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