sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Contratempos ao acaso # 1º Capitulo.


Era Sexta-Feira e em pleno Inverno fazia um frio de Rachar. O grupo de amigos, como já era habitual tinha combinado encontrar-se num café perto da escola, para tomar o pequeno-almoço. Eram 8h e já estavam todos à porta do café, menos a Marta.

Rita: É melhor irmos entrando, ela deve estar atrasada.
Chico: Ya, ela já deve estar a chegar.

Enquanto o grupo se sentava e se preparava para tomar o pequeno-almoço, Marta estava completamente passada. O autocarro tinha passado mais cedo e ela não o tinha conseguido apanhar e para ajudar ainda mais á festa, um táxi com a pressa, pisou uma poça que a molhou de alto a baixo, o que fez com que ela tivesse que voltar a casa para se trocar.

*Marta-desabafo* Ok, Marta, calma. Agora vais até á paragem, esperas calmamente que mais nada te vai atrapalhar hoje…

Enquanto os amigos tomavam o pequeno-almoço, Cleo resolveu ligar à Marta para perguntar onde ela estava.
Marta: Estou? Cleo?
Cleo: Sim, sou eu. Olha lá onde é que te metes-te?
Marta: Nem me digas nada, atrasei-me imenso, estou agora a ir para a paragem.
Cleo: Anh? Mas assim não vais ter tempo de comer.
Marta: Não te preocupes, tomem o pequeno-almoço, encontramo-nos na escola.
Cleo: Mas afinal o que é que se passou?
Marta: Conto-vos na escola, vá até já.
Cleo: Até já.

Enquanto Marta caminhava novamente para a paragem avistou o autocarro a chegar, ainda longe. Ela começou a correr, ela não podia perder aquele autocarro, caso contrário chegaria atrasada. Ela correu e correu, quanto mais depressa corria, mais longe parecia a paragem. Com tanta pressa sem querer chocou contra um rapaz, a Marta ficou tão envergonhada e imóvel que nem teve coragem de olhar para a frente, limitou-se a baixar para apanhar os livros e rezou para que aquilo fosse apenas um pesadelo, enquanto a Marta apanhava os livros do chão, o rapaz contra quem havia chocado baixou-se então para a ajudar, quando olhou para a frente para agradecer e pedir desculpa, Marta apanhou a maior surpresa da vida dela. Tiago, o tão especial e secreto rapaz com que Marta sonhara todas as noites, era o rapaz contra quem ela tinha chocado e decididamente isto não poderia estar a acontecer.

Marta: Tiago? Quer dizer…
Tiago: Magoaste-te?
Marta: Não, não, não. Desculpa, eu não te vi.
Tiago: Não te preocupes, estás mesmo bem?
Marta: Não. Quer dizer, sim, claro que sim.
Tiago: Sim ou não?

*Tiago sorriu*
Marta: Sim, sim. Eu estou bem, obrigada. Bem vou andando, adeus.
Tiago: Espera, precisas de alguma coisa?
Marta: Ah, sim. Quer dizer não. Preciso de me ir embora, desculpa mas já estou atrasada.
Tiago: Costumas ser assim tão confusa?
Marta: Anh? Como assim confusa?

*Marta-desabafo* Ok, a minha vida ACABOU!

Tiago: Tu és engraçada.
Marta: Sou engraçada? Como assim? Olha eu tenho mesmo que ir desculpa.
Tiago: Vais entrar às 8:30h?
Marta: Sim.
Tiago: São 8:23, a mim parece-me que já não chegas a tempo da primeira aula.
Marta: É, e se continuo aqui à conversa provavelmente nem amanhã lá chego.
Tiago: Ah, desculpa então.
Marta: Não. Quer dizer, não precisas de pedir desculpa, tudo bem, eu é que sou uma desastrada de primeira.
Tiago: Podia ter acontecido com qualquer um, não te preocupes.
Marta: É…
Tiago: Se eu te fizesse um convite aceitavas?

*Marta-desabafo* UM CONVITE? MAS O QUE RAIO ESTÁ A ACONTECER AQUI?
Marta: Como assim um convite?
Tiago: Bem, já que não chegas a tempo da primeira aula…
Marta: Sim?
Tiago: Já tomas-te o pequeno-almoço?
Marta: Não, mas onde é que queres chegar, não estou a perceber?
Tiago: Era para saber se querias ir comer alguma coisa, eu só entro ás 9:10h e hoje tive que me levantar mais cedo para ajudar o meu irmão com umas coisas, por isso…
Marta: Anh? Mas eu nem te conheço, quer dizer, conheço mas de vista, quer dizer porque é que um rapaz como tu haveria de sair comigo?
Tiago: Um rapaz como eu? Calma, é só um pequeno-almoço.
Marta: Não é isso, quer dizer. Tu és meio popular e tens todas as raparigas atrás de ti, eu sou só uma rapariga normal.
Tiago: És uma rapariga normal, igual a todas as outras que existem. Porque é que haveria de te diferenciar?
Marta: Sei lá, não entendo o vosso mundo.
Tiago: Nosso mundo?
Marta: Esquece, não ligues.
Tiago: Mas então, aceitas?
Marta: Eu não sei… Isto é tudo muito repentino.
Tiago: Desculpa, eu não quero que penses que sou um aproveitador ou algo do género, é só que como vou agora tomar o pequeno-almoço e como tu ainda não o tomas-te, escusávamos de o tomar sozinhos, junta-se o útil ao agradável…
Marta: Não, não precisas de pedir desculpa, está tudo bem. Eu nunca pensaria isso de ti, quer dizer, eu não penso isso, porque é que haveria de pensar uma coisas dessas, aaah…
Tiago: *Tiago volta a rir* Tudo bem, só não quero que te sintas obrigada, vens se quiseres.

No rosto da Marta nasceu um sorriso um tanto pequeno.

Tiago: Porque é que te estás a rir? *Tiago sorri*
Marta: Não sei.
Tiago: Costumas sorrir só porque sim? Isso é bonito.
Marta: É? Quer dizer, claro que não, sei lá sorri do nada… Eu não sou muito normal, quer dizer às vezes sorrio, pronto.

Tiago começou a rir em jeito de brincadeira.

Marta: Eu não digo nada de jeito não é?
Tiago: Claro que dizes, fizeste-me rir não vez?
Marta: É… Já não é nada mau.
Tiago: Então… Aceitas?
Marta: Acho que sim.
Tiago: Bolas, estava a ver que não *Tiago sorriu*. És uma pessoa difícil.
Marta: É.. tem dias.

Fiz o primeiro capitulo relativamente grande para começar a história da melhor maneira, espero mesmo que estejam a gostar, apesar de até agora se ter revelado muito pouco (;

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